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Aumento na taxa de juros: Bom ou ruim? Depende

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O Banco Central aumentou a taxa de juros da Selic em 0,25. A medida vista como impopular será a primeira do governo, de uma série que deve desagradar à população, mas que é preciso para dar um “jeito” na economia. Tanto o governo atual faria isso, como se o candidato Aécio Neves tivesse sido eleito, também tomaria medidas impopulares, mas somente no próximo ano, já que ele ainda não seria o presidente empossado. Sim, a Dilma ainda se encontra em seu primeiro mandato.

Teremos agora discussões partidárias e compartilhamentos de críticas, discussões e outras bobagens, quando a discussão deveria estar na estratégia definida pelo Banco Central. Quando se aumenta a taxa Selic, se foca na estratégia de tentar frear a inflação. Como isso funciona? A Selic é usada pelo Banco Central para tentar controlar o consumo e a inflação, ou estimular a economia, então, quando os juros sobem, a população tende a gastar menos (Evitando os longos parcelamentos nos cartões de crédito e nos carnês) e isso faz o preço das mercadorias caírem, controlando assim a inflação.

Se a medida tem um lado positivo, tem também um lado negativo, juros altos seguram a economia e fazem o PIB (Produto Interno Bruto) ficar baixo, segurando assim o crescimento do País. Então é preciso fazer uma escolha, se ganha e se perde em ambas as estratégias, juros altos ou juros baixos.

Com a redução de gastos da população, porque o crediário fica mais alto, a economia fica com menos força. Isso também se deve ao fato de que com juros elevados, as empresas investem menos, pois é mais caro tomar empréstimos para produção. Em compensação, investimentos baseados em juros são beneficiados, já que rendem mais para o aplicador. Com juros mais baixos, há mais consumo e mais risco de inflação, porque a população compra mais e nem sempre a indústria consegue produzir o suficiente, para equilibrar isso, a tendência é que produtos fiquem mais caros.

Durante as eleições, se discutiu bastante a autonomia do Banco Central, essa é uma medida impopular, por outro lado necessária, seguindo essa visão estratégica. Discutir PT e PSDB não muda em nada a situação do País, discutir a decisão do Banco Central, a estratégia, isso sim engrandece o debate.

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Sobre Rodrigo Barros

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Empreendedor e escritor, Rodrigo Barros é bacharel em Biblioteconomia e em Sistemas de Informação, com pós-graduação em Gerência de Projetos e MBA em Gestão de Marketing. Fundador e editor chefe na Cartola Editora.

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