Kindle paperwhite: Prático como você

Leitor de E-book, você ainda vai ter um

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Iniciei a leitura de livros digitais quando adquiri um Palm Tungsten E2, há cerca de dez anos. Apesar de não me sentir confortável com a leitura de uma forma geral, sempre fui um entusiasta do tema, acreditava que mais cedo ou mais tarde os livros eletrônicos assumiriam o lugar dos livros impressos. Nessa época ainda não havia tablets e celulares inteligentes com grandes telas. O tempo foi passando e a realidade mudando.

Após ler livros inteiros em pequenas telas de celulares, iPods e afins, finalmente chegamos à era das tablets. Pronto, agora poderíamos contemplar a realidade mais interessante até então, para os aficionados em tecnologia e amantes da leitura. Tomei por hábito ler livros e revistas em uma, a tela grande proporcionava conforto e também se aproximava bastante do papel impresso, com vantagens como iluminação, alteração nas cores das páginas, entre outras. Passei a buscar livros e mais livros na Internet, muitos deles versões digitais dos impressos que eu já possuía em minha coleção, sim, porque independente de lê-los em versões digitais, nunca perdi o interesse pelas obras impressas.

O primeiro leitor de e-book a ser comercializado foi o Rocket-ebook lançado em 1998 pela Nuvomedia, mas a moda só pegou mesmo com a popularização do Kindle, da Amazon. Curiosamente, o principal leitor vendido no mundo não lê o formato padrão EPUB, criado para e-books e nem arquivos em PDF nativamente, é preciso conversão, ele lê um formato proprietário chamado AZW. Hoje temos algumas alternativas ao Kindle no Brasil, mas os grandes rivais são o Kobo, da Livraria Cultura, e o Lev, da livraria Saraiva, justamente por contarem com um acervo para compra, assim como acontece na Amazon.

Como sou proprietário de uma tablet com tela de 10.1 polegadas e de um telefone com uma tela bastante considerável, ambos da linha Galaxy Note, da Samsung, até pouco tempo não considerava a ideia de adquirir um leitor de e-book, pois poderia ler sem maiores problemas em ambos os aparelhos, que contam inclusive, com aplicativos da Saraiva e da Amazon.

Justamente por gostar de tecnologia, comecei a pensar. Se há como ouvir música em meu celular, que tem boa memória expansiva, Spotify e afins, por que tenho um iPod? A resposta é simples, porque individualmente me provê uma experiência melhor em ouvir música que em meu celular, pelo tamanho, qualidade de áudio e armazenamento, e também pelo fato de somente tocar música.

Estudei bastante as três principais opções do mercado e me decidi pelo Lev, por ter memória expansiva, ler os formatos EPUB e PDF de forma nativa, e ainda ter uma loja no Brasil com a qual me identifico. Pretendo escrever melhor sobre isso em outro artigo, vou me atentar somente nas vantagens de se ter um leitor de livros digitais.

Ao manipular o aparelho, senti certa dificuldade com a tela sensível ao toque, ela é arcaica como a dos antigos Palms, não tem a desenvoltura das telas dos aparelhos atuais. Após a atualização do sistema operacional, a sensibilidade melhorou muito, evitando travamentos e respeitando, de fato, as ordens emitidas pelas minhas digitais. O aparelho tem uma tela mais confortável em todos os sentidos, é menor que a da minha tablet e mais larga que a do meu celular, tornando agradável a leitura, e mantendo a mesma sensação de ler um livro impresso. A visualização é o fato mais interessante do aparelho, você passa a ser capaz de ler horas a fio sem cansar a vista. Mesmo com iluminação interna, que é o caso do modelo que escolhi, não agride aos olhos. A luz pode ser desligada sempre que se estiver em um ambiente iluminado, porém, ela não vem de dentro da tela, agindo diretamente sobre você, ela está presente na lateral do aparelho, iluminando a tela como uma luminária sobre a folha de papel. Vale ainda ressaltar que a luz pode ficar mais forte ou mais fraca, e o contraste também pode ser alterado, adaptando a leitura ao ambiente.

O aparelho é bastante leve, e nos permite ler no metrô, ônibus e até andando pelas ruas, segurando-o com apenas uma das mãos. A experiência é a melhor possível. A bateria pode durar semanas sem precisar ser recarregada. Enquanto você lê um livro em formato digital, não tem chamadas para atender, notificações para te distrair, internet (que existe somente para comprar e baixar livros, além de atualizar o sistema por Wi-Fi), música, nada, é realmente como ler um livro, como faço desde criança.

Somos uma geração que ainda carrega consigo o paradigma do livro impresso, eu mesmo como autor, estou publicando meu primeiro livro nesse formato, mas é crescente a quantidade de obras lançadas no formato digital, e muitas são lançadas somente nesse formato. Tenho ainda outra vantagem, costumo ler mais de um livro ao mesmo tempo e é impossível carregar três ou quatro exemplares na bolsa, em meu aparelho, tenho hoje, mais de oitenta livros, carrego comigo uma verdadeira biblioteca, que sequer ocupa espaço em minha casa.

Você pode até não ter paciência para ler um livro em formato digital hoje, mas uma coisa é certa, você ainda terá um leitor de e-book. E não vai demorar.

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Sobre Rodrigo Barros

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Empreendedor e escritor, Rodrigo Barros é bacharel em Biblioteconomia e em Sistemas de Informação, com pós-graduação em Gerência de Projetos e MBA em Gestão de Marketing. Fundador e editor chefe na Cartola Editora.

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