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O que é SEO? Eu consigo colocar meu site no topo do Google?

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Antes de falarmos sobre técnicas para melhorar nosso ranqueamento no Google, ou até mesmo sobre a definição de SEO, precisamos entender um pouco da história dos mecanismos de busca.

A história dos mecanismos de busca e seus algoritmos

Quando a Internet iniciou seu processo de popularização, vários novos sites foram criados e fez-se necessária a criação de um mecanismo que pudesse indexar todas essas páginas, para que essas fossem encontradas. O que hoje nos parece óbvio, não foi tão simples assim quando eu comecei a trabalhar com Internet, na segunda metade da década de 1990. Os primeiros mecanismos de indexação, como o Altavista e o Cadê?, não possuíam motores de busca, eles apenas indexavam páginas, enviadas a eles, em diretórios de categorias. Traduzindo, não havia um robô vasculhando a Internet em busca de novos sites, os desenvolvedores é que tinham que cadastrar esses sites nesses mecanismos, indicando em qual categoria cada um deveria ser inscrito. Se você criasse uma página, colocasse no ar, e não a cadastrasse nesses serviços, as buscas feitas neles jamais trariam o seu site como resultado.

Esses resultados eram, na prática, índices em ordem alfabética. Então, quando você buscava por uma empresa, ou serviço específico, o nome cadastrado faria toda a diferença na hora de aparecer (ou não), na primeira página de resultados. Supondo que você fizesse uma busca por marcas de refrigerantes, nessa ordem, teríamos por exemplo, Coca-Cola vindo antes dos seus concorrentes, como Guaraná Antártica, Pepsi, entre outros.

Imagine que você era o responsável pela marca da Pepsi na internet. Ao perceber que o seu refrigerante ficava atrás de basicamente todos os seus concorrentes, incluindo aí o guaraná Dolly e o guaraná Jesus, era preciso encontrar uma maneira de ranquear melhor, estando a frente de todas as outras marcas. Como isso se tornou possível? A solução foi simples, como a indexação era por ordem alfabética, bastava cadastrar a página da Pepsi como “A Pepsi”, entendeu? Ela então passava a ficar na frente até mesmo da Coca-Cola. A estratégia funcionaria até que seus concorrentes também percebessem que ao colocar a letra “A” na frente de sua marca, ou empresa, voltariam aos seus devidos lugares.

Felizmente, tudo isso ficou no passado quando foram criados os novos motores de busca, que utilizam algoritmos de ranqueamento para buscar novos sites e indexá-los da melhor maneira possível, para entregar ao usuário o conteúdo mais relevante.  Hoje, nós podemos resumir os algoritmos de ranqueamento em três principais motores: o PageRank, algoritmo do Google, o TrustRank, algoritmo do Yahoo! e o BrowseRank, utilizado no Bing, da Microsoft.

Todos esses algoritmos são semelhantes entre si, possuindo pequenas diferenças, que na prática mostram-se pouco relevantes. Inclusive existem acusações de que os demais algoritmos copiam, sem o menor pudor, o algoritmo do Google. Se o seu site for bem ranqueado no Google, dificilmente ele estará diferente no Yahoo! ou no Bing. E se levarmos em consideração o domínio absoluto do Google junto ao público, devemos focar sempre em ranquear melhor nessa plataforma.

Lembre-se, não existe uma fórmula mágica para alcançar o topo. Ninguém tem a certeza de como funcionam todas as variantes do algoritmo do Google, e estes estão sempre sendo atualizados, dificultando essa percepção. Justamente por isso, não acredite em quem promete colocar o seu site em primeiro lugar no Google organicamente (sem a utilização de anúncios). Esse resultado pode ser alcançado? Sem dúvida, mas não há como prometer isso.

O que é SEO (Search Engine Optimization)?

Se você possui um blog pessoal, um e-commerce, ou até mesmo uma empresa online, você tem como meta alcançar as primeiras posições nos mecanismos de busca. Quanto mais visitantes você tem, mais relevante tornar-se-á, aumentando assim as chances de converter acessos em venda, transformando seus visitantes em consumidores. Nos dias de hoje, todo mundo está na Internet, então, para tornar-se relevante em seu nicho de mercado, não basta apenas ter um site. Você precisa de uma série de otimizações em sua página, e nos seus conteúdos, visando assim melhorar a experiência do seu visitante, fazendo com que o resultado encontrado em sua página seja relevante. Essas otimizações que melhoram a performance do seu site como canal de conversão, são chamadas de SEO.



Quais os principais fatores de ranqueamento do Google?

Existem centenas de fatores que impactam nos resultados de uma busca, e como eu disse anteriormente, esses fatores estão mudando constantemente, quando o Google atualiza seu algoritmo. Vamos observar os fatores mais relevantes, que devem ser trabalhados dentro do seu próprio site, para melhorar sua performance junto aos motores de busca, os chamados fatores On Page:

Conteúdo de qualidade

Talvez você já conheça a expressão “conteúdo é rei”. Se ainda não a ouviu e está buscando mais informações sobre SEO, provavelmente ouvirá e lerá muito sobre isso, porque o algoritmo do Google busca identificar conteúdos de baixa qualidade, para retirá-los dos primeiros resultados de busca. Quanto melhor for o seu conteúdo, melhores as chances de você figurar nas primeiras posições.

O motor de busca do Google procura por conteúdos mais completos, que esclareçam dúvidas e correspondam às expectativas dos internautas. Sendo assim, o tamanho do texto influencia diretamente no ranqueamento. Não existe uma regra, textos pequenos podem ranquear bem, entretanto, pesquisas indicam que os conteúdos que melhor ranqueiam possuem em média 2.500 palavras. O que precisamos ter em mente, é que o seu visitante precisa encontrar aquilo que busca em seu conteúdo, e isso independe do número de caracteres presentes no texto.

Os Títulos do seu artigo

Existem dois tipos de títulos quando publicamos um artigo em nosso site: o título interno, que chamamos de Title Tag e o título voltado para ranqueamento, que chamamos de SEO Title. Esses títulos podem ser exatamente os mesmos? Sim, desde que atendam as características individuais de cada um, entretanto, o ideal é que sejam diferentes.

O Title Tag é o título que aparece quando o leitor já estiver acessando o seu conteúdo, logo, a função do título interno é fazer com que o leitor, que já acessou seu site, tenha ainda mais interesse em ler o conteúdo. Não existe um limite de caracteres, então, podemos ser criativos e montar uma chamada que instigue o leitor, incluindo palavras chaves, apresentando benefícios à leitura e prometendo uma solução que será entregue no decorrer do texto.

O SEO Title é o título que aparece nos resultados de busca dentro do Google, possuindo a função de levar o leitor ao seu conteúdo. Sendo assim, esse título é um dos fatores mais importantes para o ranqueamento, e também para garantir uma alta taxa de cliques, que nós chamamos de CTR (Click Through Rate). O CTR é uma métrica utilizada para fazer a verificação da eficácia em anúncios, sim, eu sei que o texto trata de ranqueamento orgânico, mas é só para exemplificar, já que o processo é exatamente o mesmo. Essa medição qualitativa compreende basicamente a análise da relação entre o número de cliques e número de exibições, indicando se o seu anúncio tem qualidade, ou não.

Em uma fórmula, podemos definir a taxa de CTR da seguinte maneira:

(Número de Cliques) / (Número de Visualizações) = CTR

Voltando ao SEO Title, o mesmo deve possuir aproximadamente 55 caracteres, utilizar palavras chave à esquerda, ser objetivo e possuir URL amigáveis. As URLs são um fator direto de ranqueamento, já que o Google também identifica o uso das palavras-chave no endereço da sua página. Quanto mais amigável, mais fácil para os leitores clicarem e serem direcionados para a sua página.

Vamos a um exemplo básico, imagine esse artigo tendo o seguinte endereço em meu blog:

http://www.rodoinside.com.br/~post345

O que esse endereço lhe diz sobre o conteúdo do artigo? Absolutamente nada, agora veja esta URL:

http://www.rodoinside.com.br/o-que-e-seo-eu-consigo-colocar-meu-site-no-topo-do-google

A URL lhe entrega o conteúdo, você se sente mais tentado a clicar para ler o texto e os motores de busca do Google também “enxergam” melhor esse endereço. Evite utilizar números, caracteres indevidos e não abuse de subdomínios.

H1, H2 e H3 – O que são as heading tags e como usá-las

As headings são fundamentais para identificar a prioridade dos conteúdos existentes em uma página. No código HTML, é possível utilizar até seis headings de tamanhos diferentes, apresentando o conteúdo mais importante, que deve estar na H1 e ir diminuindo sua relevância do H2 ao H6. Essa estratégia fará com que o Google identifique a hierarquia das informações em seu conteúdo. O H1 deve conter suas principais palavras-chave e deve ser único, as palavras chave devem ser repetidas também no H2. Basicamente, ninguém utiliza do H4 em diante, porque seria meramente estético. Normalmente utilizo o H1 para os títulos, o H2 para os temas, e o H3 para subtemas. Essa sopa de letrinhas parece um pouco confusa, ainda mais para quem não programa sites em HTML, mas não se preocupe, existem plugins que gerenciam isso de forma simples em sistemas como o WordPress.

O que são palavras chave e por que você precisa escolher as mais certeiras

Lembra sobre o que eu falei anteriormente sobre a expressão “conteúdo é rei”? Pois bem, todo conteúdo deve ter qualidade, as palavras chave utilizadas no texto devem ter como foco a intenção do leitor, não adianta espalhar palavras-chave de forma aleatória no texto apenas para ranquear no Google, isso não vai funcionar, já funcionou antes, mas as últimas atualizações do algoritmo retiraram essa estratégia que em nada acrescentava ao leitor.

As palavras chave devem aparecer não somente nas headings, incluindo o Title tag e o SEO Title, como também é importante que elas apareçam logo no primeiro parágrafo, do conteúdo que você disponibiliza em seu site. Não existe um número exato de vezes em que as palavras chave devem aparecer em seu texto, mas volto a lembrá-los: devemos evitar que elas se repitam de maneira forçada. O Google faz uma análise semântica dos textos, chamada de LSI (Latex Semantic Index), fazendo com que seja importante para o ranqueamento, que o mecanismo consiga encontrar palavras relacionadas ao tema do artigo.

Tempo de permanência na página

O tempo de permanência do internauta em uma página é um dos principais fatores de ranqueamento do Google, pois mostra aos motores de busca que aquele conteúdo é de boa qualidade. Quanto maior for o tempo que um leitor passa dentro do seu site, melhor é a interpretação de que o conteúdo entrega exatamente aquilo que visitante está buscando. Quando o leitor acessa o seu site e deixa a página instantaneamente, o Google entende que aquele conteúdo não agrada ao público.

Use artigos relacionados, faça links entre seus artigos internamente, e se possível, adicione vídeos, para que o leitor siga navegando em sua plataforma. Links internos são muito relevantes para o ranqueamento do seu site.

Dentre todos os fatores de ranqueamento, esse é o que menos me agrada. Penso que é uma métrica injusta. Podemos tomar como exemplo um site que possua vídeos, jogos, fóruns ou outros atrativos que mantenham o usuário dentro dele, enquanto que, ao clicar no link de uma notícia, que apareça em uma rede social, você entra, lê e sai. Pode ser que você siga lendo outras notícias, mas no mundo de hoje, temos pressa. Seria o conteúdo de um grande jornal irrelevante?

Imagine o exemplo desse artigo. Você chegou a ele através de um link qualquer, achou o conteúdo interessante, mas por ser extenso, salvou em sua barra de favoritos para ler depois, e talvez nunca mais retorne.  Você também pode enviar para o seu e-mail, ou para o seu leitor de e-books, com o objetivo de ler posteriormente, mas não estará aqui preso no site. Infelizmente, o Google considerará o conteúdo como sendo de má qualidade. Bem, é a vida, e ela nem sempre é justa mesmo.

Otimização de imagens para SEO

O algoritmo de busca do Google não é capaz de entender o conteúdo de uma imagem. A única maneira de fazer com que o Google entenda do que se trata a imagem é dar a ele elementos textuais. Como o Google também não lê espaços, precisamos nomear as imagens usando as palavras chave separadas por hifens. O arquivo DSC68790-59.jpg não diz nada aos motores de busca, e convenhamos, nem mesmo a um ser humano. Agora, pense na mesma imagem tendo como nome selecao-brasileira-copa-russia-2018.jpg.

Melhorou, não é mesmo?

Sempre que uma imagem for colocada em um artigo, procure preencher o campo alt text, esse campo faz com que, ao passar o mouse sobre uma imagem, apareça uma frase que indica o conteúdo da mesma. Esse campo é importante, não somente para que os motores de busca encontrem a imagem mais facilmente, como também permitem sua “leitura” por softwares voltados à acessibilidade de deficientes visuais, e o Google leva isso também em consideração. Lembre-se que o tempo de carregamento de uma página também é relevante para o ranqueamento, então evite fazer o upload de arquivos muito grandes.

Design Responsivo

O Google prioriza os sites chamados mobile friendly, ou seja, aqueles que se adaptam automaticamente, no momento de definir o posicionamento das páginas, seja em um computador, celular ou tablet. Se a sua página não estiver otimizada para aparecer bem em aparelhos móveis, você perderá muitas posições no ranqueamento.

Meta Description

A meta description é a descrição do seu texto e tem como função explicar ao usuário qual é o conteúdo abordado naquela página, atraindo-o para a leitura de seu conteúdo. Seria uma espécie de resumo do seu artigo, e é o texto que aparece no Google logo abaixo do Seo Title. Esse fator influencia consideravelmente na taxa de cliques para o seu site. Vejamos a descrição que usei para esse artigo na Internet:

SEO é um conjunto de técnicas que têm como principal objetivo tornar os sites mais amigáveis para os sites de busca, trabalhando palavras-chave selecionadas no conteúdo do site de forma que este fique melhor posicionado nos resultados orgânicos.

Você deve utilizar palavras chave que deverão aparecer em negrito no momento em que o internauta faz uma busca por elas. A descrição não deve passar de 150 caracteres e deve resumir e induzir o leitor a ler o seu conteúdo. Assim como disse antes, essa opção pode parecer difícil para quem não programa sites em HTML, mas existem plugins que gerenciam isso de forma simples.

Ao escrever um texto, você deve sempre pensar na experiência do usuário. Focando em apresentar um bom conteúdo, escrito de maneira completa e simples, acessível para o leitor, para que esse se sinta à vontade lendo o seu texto. Pensando assim, você estará “pensando” exatamente como o algoritmo de busca do Google e ranqueará naturalmente pela plataforma.

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Sobre Rodrigo Barros

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Empreendedor e escritor, Rodrigo Barros é bacharel em Biblioteconomia e em Sistemas de Informação, com pós-graduação em Gerência de Projetos e MBA em Gestão de Marketing. Fundador e editor chefe na Cartola Editora.

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