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Marinho Chagas

Francisco das Chagas Marinho, o Marinho Chagas, nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, no dia 8 de dezembro de 1952. Revelado pelo Riachuelo com 15 anos, em 1967, o lateral esquerdo chegou ao ABC em 1969, transferindo-se pro Náutico em 1970. A grande oportunidade na carreira foi em 1972, quando chegou ao Rio de Janeiro para defender o Botafogo de Futebol e Regatas.

Com chutes fortes e precisos, logo se destacou pela quantidade de gols marcados, tornando-se ídolo da torcida Alvinegra. Polêmico e irreverente, o lateral estava à frente do seu tempo no que se referia à tática, atuava como ponta, jogando livremente pela esquerda sem se preocupar com a marcação, ele era um ala e não lateral e recebia diversas críticas por isso, sendo apelidado de forma pejorativa como “Avenida Marinho Chagas”, devido aos espaços que deixava em campo quando se lançava ao ataque.

Em 1974, durante a Copa do Mundo, Marinho ficou marcado pela briga com o goleiro Leão na disputa do terceiro lugar, quando o Brasil foi derrotado por 1 a 0 contra a Polônia. Foi o único jogador daquela Seleção Brasileira a ser relacionado na Seleção da Copa, sendo hoje considerado um dos maiores laterais da história do País.

Marinho era o grande desejo do então presidente Tricolor Francisco Horta, que tentou leva-lo para as Laranjeiras em algumas oportunidades. Bi campeão estadual, Horta enfim conseguiu realizar seu sonho. Em 1977, em uma troca com o Botafogo, Horta cedeu os jogadores Rodrigues Neto, Paulo César Caju e “Búfalo” Gil e trouxe para o Fluminense os jogadores Wendell, Miranda e Marinho Chagas. A “Bruxa” enfim pisava nas Laranjeiras para vestir o manto Tricolor, onde conquistou o Troféu Teresa Herrera.

Exímio cobrador de pênaltis (pelo Fluminense foram 16 conversões), Marinho revolucionou a penalidade máxima, inventando a cobranças com uma “paradinha giratória”, convertendo as três tentativas que fez. Apesar da conquista do Troféu Teresa Herrera, não conseguiu junto a seus companheiros repetir os títulos e os feitos dos anos anteriores, era a decadência da Máquina Tricolor.

Em 1978, o Fluminense decidiu trocar o jogador de posição, de lateral esquerdo passou a ponta de lança, assumindo a camisa 10 de Rivellino, vendido ao Al-Hilal. Muitos no Fluminense criticaram a troca realizada com o Botafogo para a chegada do Marinho, acreditavam que o sonho de consumo do presidente Horta havia enfraquecido a Máquina. Marinho foi então vendido ao New York Cosmos, para atuar ao lado de Pelé, Carlos Alberto Torres, Franz Beckenbauer e o jovem jogador paraguaio que viria a ser ídolo no Fluminense, o Romerito. Atuou pelo Fluminense em 93 jogos marcando impressionantes 39 gols, algo raro para a posição em que atuava.

Jogou ainda pelo Fort Lauderdale Strikers, também dos Estados Unidos, voltando ao Brasil para atuar no São Paulo, onde foi campeão paulista e ganhou a bola de prata. Atuou pelo Bangu, Fortaleza e América de Natal, antes de voltar aos Estados Unidos, para defender o Los Angeles Heat. Encerrou a carreira jogando no BC Harlekin Augsburg da Alemanha, em 1988.

Após pendurar as chuteiras, Marinho tentou seguir a carreira de treinador no Alecrim Futebol Clube, de Natal, mas desistiu e não mais voltou a trabalhar com o futebol diretamente. Nos últimos anos trabalhava como comentarista na Band Natal, emissora Grupo Bandeirantes de Comunicação.

Lutava contra o alcoolismo, uma guerra perdida no dia 1 de junho de 2014, quando passou mal em um evento de troca de figurinhas da Copa do Mundo na cidade de João Pessoa, chegando ao óbito. Marinho foi velado com a camisa da Seleção Brasileira no Estádio Frasqueirão, que pertence ao ABC, seu clube de coração.

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