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O mundo perdido – Arthur Conan Doyle

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O Mundo Perdido Book Cover O Mundo Perdido
Arthur Conan Doyle
184
Nova Alexandria
1912
978-8574921624

 

A sinopse:

Uma expedição científica liderada pelo professor Challenger explora a floresta amazônica em busca de um grande mistério oculto pela natureza: uma região onde a Pré-história permanece viva.

O autor:

Arthur Conan Doyle (1859-1903) foi um escritor e médico britânico, autor das histórias clássicas e imortais do detetive Sherlock Holmes. Em 1902, o rei Eduardo VII concedeu a Doyle o título de Sir pela publicação de diversos artigos a favor de seu país na guerra dos bôeres e o livro A Guerra na África do Sul, em 1900.

A resenha:

Desde menino, eu sou fã de Sherlock Holmes. Acho que a primeira vez em que tive ciência do personagem foi no filme O enigma da pirâmide, de 1985, que retrata o detetive ainda adolescente, conhecendo John Watson no colégio interno, e tendo de desvendar um grande mistério que envolvia sacrifício humano.  De lá para cá, foram outros tantos filmes, incluindo o brasileiro O Xangô de Baker Street, baseado no livro de Jô Soares, e algumas séries de TV. Entretanto, curiosamente, o primeiro livro que li de Sir Arthur Conan Doyle não tinha Sherlock Holmes como personagem principal.

Fazia eu uma pesquisa sobre o arqueólogo e explorador britânico Percy Fawcett, que teve sua história retratada no filme Z: A cidade Perdida, de 2017, tendo o ator Charlie Hunnam interpretando o mesmo, quando descobri algo fascinante. Fawcett, que desapareceu ao organizar uma expedição para procurar por uma civilização perdida na Serra do Roncador, em Barra do Garças, no estado do Mato Grosso, aqui mesmo no Brasil, em 1925, era amigo particular de Conan Doyle e inspirou o autor a criar o personagem, George Edward Challenger, que assim como o explorador gostava de aventuras por mundos desconhecidos.

O Mundo Perdido narra a história do Professor Challenger, estranho e mal-humorado doutor em zoologia britânico, que afirma ter encontrado uma civilização perdida na Amazônia. O fato por si só já seria notável, mas existe uma outra descoberta: o local está infestado de dinossauros e outros animais pré-históricos. Sem conseguir convencer a sociedade científica inglesa, Challenger aceita o desafio de montar uma expedição para retornar à América do Sul e trazer provas reais de sua descoberta.

A equipe é formada pelo jornalista Edward Malone, que narra a história e embarca na aventura para escrever in loco todos os acontecimentos para o jornal em que trabalha, além de provar sua coragem e determinação a sua pretendente, pelo Lorde John Roxton, um nobre aventureiro que estava acostumado a viajar o mundo, e pelo Professor Summerlee, o símbolo do ceticismo da sociedade inglesa e desafeto de Challenger. Os “mocinhos” viajam a um platô cravado em meio à floresta amazônica, buscando o mundo perdido retratado por Challenger, sendo guiados por índios locais e se metendo nas mais escabrosas aventuras, incluindo confrontos com homens macacos e fuga de dinossauros.

O livro é bastante agradável e tudo é muito bem relatado por Malone, que evidencia tediosos debates entre acadêmicos e o racismo latente presente na sociedade inglesa colonial, no início do século XX. A história lembra bastante a do livro Viajem ao centro da Terra, publicado por Júlio Verne, em 1886, diria até que se inspirou na obra. De qualquer forma, tornou-se um livro tão clássico quanto este, dando ao personagem do Professor Challenger mais quatro romances:  A nuvem envenenada, de 1913, A terra das brumas, de 1926, A máquina da desintegração, de 1927 e Quando o mundo gritou, de 1928.

O Mundo Perdido influenciou a cultura pop, inspirando a série clássica O elo perdido, de 1974, dando nome ao segundo filme da franquia Jurassic Park, em 1997, e ainda inspirando uma série homônima em 1999, que não fez muito sucesso por aqui, mas conta com os mesmos personagens do livro e sua aventura no platô amazônico.

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Sobre Rodrigo Barros

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Empreendedor e escritor, Rodrigo Barros é bacharel em Biblioteconomia e em Sistemas de Informação, com pós-graduação em Gerência de Projetos e MBA em Gestão de Marketing. Fundador e editor chefe na Cartola Editora.

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